quinta-feira, 24 de setembro de 2009

A Escola dos bichos

A ESCOLA DOS BICHOS

Rosana Rizzuti


Conta-se que vários bichos decidiram fundar uma escola. Para isso reuniram-se e começaram a escolher as disciplinas.
O Pássaro insistiu para que houvesse aulas devôo. O Esquilo achou que a subida perpendicular em árvores era fundamental. E o Coelho queria de qualquer jeito que a corrida fosse incluída.
E assim foi feito, incluíram tudo, mas...cometeram um grande erro. Insistiram para que todos os bichos praticassem todos os cursos oferecidos.
O Coelho foi magnífico na corrida, ninguém corria como ele. Mas queriam ensiná-lo a voar.Colocaram-no numa árvore e disseram: "Voa,Coelho". Ele saltou lá de cima e "pluft"...coitadinho! Quebrou as pernas. O Coelho nãoaprendeu a voar e acabou sem poder correr também.
O Pássaro voava como nenhum outro, mas oobrigaram a cavar buracos como uma topeira.Quebrou o bico e as asas, e depois não conseguia voar tão bem, e nem mais cavar buracos.
SABE DE UMA COISA?
Todos nós somos diferentes uns dos outros e cada um tem uma ou mais qualidades próprias dadas por DEUS.
Não podemos exigir ou forçar para que asoutras pessoas sejam parecidas conosco ou tenham nossas qualidades.
Se assim agirmos, acabaremos fazendo com que elas sofram, e no final, elas poderão não ser o que queríamos que fossem e ainda pior, elas poderão não mais fazer o que faziam bem feito.
RESPEITAR AS DIFERENÇAS É AMAR AS PESSOAS COMO ELAS SÃO.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Depressão x Animais de estimação

Ter um bichinho de estimação pode não ser apenas uma questão de lazer ou companhia. A medicina descobriu que eles também podem ser benéficos para a saúde. É cada vez mais comum médicos receitarem um animal para tratar casos de depressão, por exemplo.

Gatos, cachorros, coelhos, cavalos, golfinhos e até macacos podem ajudar. "Eles conseguem equilibrar as emoções e, em alguns casos, restabelecer as funções do organismo", explica Annelori Fuchs, psicóloga e veterinária.


Eu posso afirmar que realmente isso ajuda muito, quando entrei em depressão o único bicho de estimação que eu tinha era uma Calopsita que ficava solta dentro de casa...mas esse passarinho é muiiiiito bravo e super engraçado..rsrs

Mas decidi que queria uma cachorra e por coincidência a cachorrinha da minha amiga estava dando cria na mesma época e foi então que peguei um dos filhotes. Meu filho foi até a casa da minha amiga, escolheu uma fêmea e deu o nome de Lola. Branquinha
como algodão, fofa demais.













Linda né...linda e completamente maluca...não poderia ser melhor. Me ocupava o tempo inteiro, comia tudo o que via, roia unha, comeu fio do meu teclado do meu mouse, comeu meu criado mudo, roeu todo o pé da cama, fazia xixi e coco por todo o apartamento...hoje ela me acorda nos momentos em que não precisa e sempre lambendo minha cara, dorme na minha cama me empurra pra sobrar mais espaço pra ela, continua roendo unha, tem loucuras e do nada sai correndo pelo apartamento inteiro derrapando pelo tapete desarrumando todas as camas de todos os quartos e se jogando contra a parede e acha isso o máximo. Me segue pra qualquer lugar que eu vá, se vou tomar banho ela entra no banheiro e espera eu abrir o chuveiro com ela embaixo, quando estou no computador ela tá deitada do meu lado e quando levanto ela vai atrás.

Tem coisa melhor pra distrair do que uma cachorra maluca??? hahaha

Ainda não me curei da depressão mas que essa cachorrinha linda e maluca tem me ajudado tem e muito.













































domingo, 20 de setembro de 2009

A GENTE SE ACOSTUMA
Marina Colassanti

Eu sei que a gente se acostuma. Mas não devia.A gente se acostuma a morar em apartamento de fundos e não ver vista que não sejam as janelas ao redor. E porque não tem vista logo se acostuma a não olhar para fora. E porque não olha para fora, logo se acostuma e não abrir de todo as cortinas. E porque não abre as cortinas, logo se acostuma a acender mais cedo a luz. E, à medida que se acostuma, se esquece do sol, se esquece do ar, esquece da amplidão.A gente se acostuma a acordar sobressaltado porque está na hora. A tomar café correndo porque está atrasado. A ler o jornal no ônibus porque não pode perder tempo. A comer sanduíche porque não dá para almoçar. A sair do trabalho porque já é noite. A cochilar no ônibus porque está cansado. A deitar cedo e dormir pesado sem ter vivido o dia.
A gente se acostuma a abrir o jornal e a ler sobre a guerra. E aceitando a guerra, aceita os mortos e que haja números para os mortos. E aceitando os números, aceita não acreditar nas negociações de paz. E não aceitando as negociações de paz, aceitar ler todo dia de guerra, dos números, da longa duração.
A gente se acostuma a esperar o dia inteiro e ouvir no telefone: “hoje não posso ir”. A sorrir para as pessoas sem receber um sorriso de volta. A ser ignorado quando precisa tanto ser visto.
A gente se acostuma a pagar por tudo o que se deseja e necessita. E a lutar para ganhar com que pagar. E a ganhar menos do que precisa. E a fazer fila para pagar. E a pagar mais do que as coisas valem. E a saber que cada vez pagará mais. E a procurar mais trabalho, para ganhar mais dinheiro, para ter com que pagar nas filas em que se cobra.
A gente se acostuma a andar nas ruas e ver cartazes. A abrir as revistas e ler artigos. A ligar a televisão e assistir comerciais. A ir ao cinema e engolir publicidade. A ser instigado, conduzido, desnorteado, lançado na infindável catarata dos produtos.
A gente se acostuma à poluição, às salas fechadas de ar condicionado e ao cheiro de cigarros. À luz artificial de ligeiro tremor. Ao choque que os olhos levam à luz natural. Às bactérias de água potável. À contaminação da água do mar. À morte lenta dos rios. Se acostuma a não ouvir passarinhos, a não ter galo de madrugada, a não colher fruta no pé, a não ter sequer uma planta por perto.
A gente se acostuma a coisas demais para não sofrer. Em doses pequenas, tentando não perceber, vai afastando uma dor aqui, um ressentimento ali, uma revolta lá.Se o cinema está cheio, a gente senta na primeira fila e torce um pouco o pescoço. Se a praia está contaminada, a gente só molha os pés e sua o resto do corpo. Se o trabalho está duro, a gente se consola pensando no fim de semana. E se no fim de semana não há muito que fazer, a gente vai dormir cedo e ainda fica satisfeito porque tem muito sono atrasado.
A gente se acostuma a não falar na aspereza para preservar a pele. Se acostuma para evitar sangramentos, para esquivar-se da faca e da baioneta, para poupar o peito.
A gente se acostuma para poupar a vida.
Que aos poucos se gasta, e que, de tanto acostumar, se perde de si mesma.
A Auto-estima é o que há de mais divino no ser humano. Pois, quando nada lhe resta, resta-lhe a si mesmo






















































Ótima semana à todos!!!

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Depressão será a doença mais comum do mundo em 2030, diz OMS

Dados divulgados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) apontam que, nos próximos 20 anos, a depressão deve se tornar a doença mais comum do mundo, afetando mais pessoas do que qualquer outro problema de saúde, incluindo câncer e doenças cardíacas.


Segundo a OMS, a depressão será também a doença que mais gerará custos econômicos e sociais para os governos, por causa dos gastos com tratamento para a população e das perdas de produção.
De acordo com o órgão, os países pobres são os que mais devem sofrer com o problema, já que são registrados mais casos de depressão nesses lugares do que em países desenvolvidos.
Atualmente, mais de 450 milhões de pessoas são afetadas diretamente por transtornos mentais, a maioria delas nos países em desenvolvimento, segundo a OMS. As informações foram divulgadas durante a primeira Cúpula Global de Saúde Mental, realizada em Atenas, na Grécia.
"Os números da OMS mostram claramente que o peso da depressão vai provavelmente aumentar, de modo que, em 2030, ela será sozinha a maior causa de perdas entre todos os problemas de saúde", afirmou o médico Shekhar Saxena, do Departamento de Saúde Mental da OMS.
Ainda segundo Saxena, a depressão é mais comum do que outras doenças que são mais temidas pela população, como a Aids ou o câncer.
"Nós poderíamos chamar isso de uma epidemia silenciosa, porque a depressão está sendo cada vez mais diagnosticada, está em toda parte e deve aumentar em termos de proporção, enquanto a ocorrência de outras doenças está diminuindo."

Segundo o médico, os custos da depressão serão sentidos de maneira mais aguda nos países em desenvolvimento, já que eles registram mais casos da doença e têm menos recursos para tratar de transtornos mentais.
"Nós temos dados que apontam que os países mais pobres têm mais casos de depressão do que os países ricos. Além disso, até mesmo as pessoas pobres que vivem em países ricos têm maior incidência de depressão do que as pessoas ricas destes mesmos países", afirma Saxena.
"A depressão tem diversas causas, algumas delas biológicas, mas parte dessas causas vem de pressões ambientais e, obviamente, as pessoas pobres sofrem mais estresse em seu dia a dia do que as pessoas ricas, e não é surpreendente que elas tenham mais depressão."
Segundo o médico, o aumento nos casos de depressão e os custos econômicos e sociais da doença tornam mais urgente uma mudança de atitude em relação ao problema.
"A depressão é uma doença como qualquer outra doença física, e as pessoas têm o direito de ser aconselhadas e receber o mesmo cuidado médico que é dado no caso de qualquer outra doença."

http://g1.globo.com/Noticias/Ciencia/0,,MUL1289791-5603,00.html